sexta-feira, 23 de abril de 2010

Quando a violência atinge o lar

“A violência humana — uma bofetada ou um empurrão, uma facada ou tiros — é mais comum no círculo familiar do que em qualquer outro lugar na nossa sociedade.” — A Portas Fechadas (em inglês)

ANDE por qualquer rua nos Estados Unidos. Um em cada dois lares sofrerá alguma forma de violência doméstica pelo menos uma vez este ano. E 1 em cada 4 lares passará por isso várias vezes. Ironicamente, muitos que têm medo de andar nas ruas à noite correm maior perigo em casa.

Mas a violência doméstica não é um fenômeno só dos Estados Unidos. É mundial. Na Dinamarca, por exemplo, 2 em cada 3 assassinatos ocorrem em famílias. Pesquisas na África revelam que 22 a 63 por cento de todos os assassinatos, dependendo do país, acontecem no círculo familiar. E, na América Latina, muitas pessoas, especialmente mulheres, são degradadas, espancadas ou mortas por machões.

No Canadá, cerca de cem mulheres por ano são assassinadas pelo marido ou companheiro. Nos Estados Unidos, com aproximadamente dez vezes a população do Canadá, todo ano umas 4.000 mulheres são mortas por maridos ou namorados que cometem abusos. Além disso, cerca de 2.000 crianças são mortas a cada ano pelos pais, e o mesmo número de pais são mortos pelos filhos.

Assim, no mundo todo, maridos batem nas mulheres, mulheres agridem os maridos, pais espancam filhos, filhos atacam pais, e filhos são violentos entre si. “A maior parte da ira e da violência que os adultos experimentam na vida vem de ou dirige-se a um parente consanguíneo”, diz o livro When Families Fight (Quando as Famílias Brigam), “e essa ira é mais intensa do que a experimentada em qualquer outro relacionamento”.

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