segunda-feira, 26 de abril de 2010

Grandes polêmicas

Até aqui, analisamos basicamente o uso de armas pequenas nos países em guerra. Contudo, a questão do controle de armas gera grande polêmica em países relativamente estáveis, que não estão em guerra. Os que defendem a adoção de leis mais rigorosas para um maior controle das armas afirmam que mais armas resultam em mais assassinatos. Argumentam que nos Estados Unidos, onde há pouco controle e muitas armas, a taxa de homicídios per capita é alta, ao passo que na Inglaterra, onde o controle de armas é rigoroso, a taxa de homicídios é baixa. Os que se opõem às legislações de controle de armas têm a resposta na ponta da língua: na Suíça a maioria das pessoas tem fácil acesso a armas, mas as taxas de homicídio são baixas.
Para complicar ainda mais a questão, estudos sugerem que, nos Estados Unidos, a taxa de assassinatos não cometidos com armas de fogo é maior do que a taxa total de assassinatos de muitos países europeus. E em alguns países as taxas de assassinatos não cometidos com armas de fogo são maiores do que as taxas totais de assassinatos dos Estados Unidos.
É comum usar — para o bem ou para o mal — estatísticas para apoiar determinado ponto de vista. E na questão do controle de armas, parece que para cada argumento há um contra-argumento aparentemente plausível. Trata-se de uma questão complexa. Os especialistas em geral concordam, porém, que muitos fatores, além da posse de armas, exercem impacto sobre as taxas de homicídio e de criminalidade.
A poderosa Associação Nacional de Fuzis, dos Estados Unidos, freqüentemente diz: “Armas não matam pessoas; pessoas matam pessoas.” Segundo esse conceito, a arma, embora projetada para matar, não mata por si só. Alguém tem de puxar o gatilho, intencional ou acidentalmente. É claro, alguns afirmariam, que as armas tornam mais fácil para as pessoas matar outras pessoas.

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