sexta-feira, 23 de abril de 2010

Ameaçadas de Estupro




O estuprador era um homem bem vestido. Tinha o físico dum jogador de futebol americano, tendo bem mais de 1,80 metros e pesando cerca de 113 quilos. Tomou o elevador até o décimo andar do hotel e ali começou a molestar uma inquilina, uma senhora de meia-idade, que conseguiu escapar de suas garras por gritar. Ela imediatamente chamou a polícia, e esta veio, mas não conseguiu localizá-lo no prédio, tendo ele fugido para os andares de baixo.

No segundo andar, viu duas vistosas jovens arrumadeiras que lhe perguntaram se poderiam servi-lo. “Sim, vocês podem”, disse e, puxando um revólver, ordenou que entrassem num dos quartos, cuja porta trancou duplamente. Assegurou-lhes que não ficariam feridas se não fizessem nenhum barulho. Disse que precisava dum lugar para esconder-se até que as coisas se acalmassem lá embaixo, e que as manteria presas ali por cerca de uma hora.

Acontecia que estas duas jovens senhoras eram ministras cristãs e começaram a conversar, de modo a aliviar a tensão. Uma delas lhe perguntou se poderiam ler algo enquanto esperavam. Ele disse que Sim, de modo que ela pegou um compêndio bíblico ao alcance das mãos, passou outro para a outra senhora e começaram a palestrar sobre o assunto de quanto tempo Noé pregou antes do dilúvio, sendo um assunto que surgira no dia anterior em seu ministério de campo cristão. Ela observou que deveria ter sido por quarenta anos, mas o homem pensava que tinha sido 200 anos. Dessa palestra, passaram a assuntos tais como o nome de Deus, Jeová, e o reino pelo qual Jesus ensinou seus seguidores a orar. Também lhe disseram que elas eram testemunhas cristãs de Jeová, e falaram sobre os altos padrões de conduta das Testemunhas. As duas senhoras não estavam especialmente atemorizadas, pois parecia como se estivessem numa palestra bíblica típica que estas jovens amiúde realizavam, em especial visto que o homem continuava a expressar suas próprias opiniões sobre tais assuntos.

Depois de quarenta e cinco minutos, porém, as coisas subitamente mudaram para um rumo inquietador. Ele olhou para o relógio e disse que teria de amarrá-las, a fim de ter tempo de fugir. Embora lhe assegurassem que isso não era necessário, ordenou que uma delas sentasse no chão dum armário, no que amarrou os pés dela com uma gravata, e as mãos nas costas. Então desligou a luz no armário e fechou a porta. Ordenou que a outra fosse para o banheiro, mas então mudou de idéia e, avisando-a que não gritasse nem berrasse, procurou abrir o fecho éclair de sua blusa. Ela exclamou: “Não! Não! Isso não!” e lhe disse que, se tocasse nela, ela berraria como ele nunca tinha ouvido ninguém berrar antes, e que, se ele quisesse atirar, era melhor que atirasse logo, porque, se ela não gritasse, seria como se já estivesse morta.

Ela lhe disse que o casamento era honroso perante Deus e que ela era casada, mas que aquilo que ele desejava fazer não era honroso. Também, se não gritasse, estragaria sua relação com Jeová Deus e a congregação cristã; que então seria desassociada ou excomungada da congregação e que isto seria pior do que ser morta, no que dizia respeito a ela. Ele parecia atônito. Não compreendia nada, de modo que pediu que ela repetisse o que dissera, o que ela fez, embora se sentisse temerosa e tremesse de medo. Como explicou mais tarde: “A situação me deixava doente e a simples idéia disso era tão repugnante que eu sabia o que teria de fazer.” Depois de tudo isso, ele tentou de novo abraçá-la, no que ela se afastou, dizendo: “Não me toque nem chegue perto de mim.”

Isto faz lembrar uma declaração feita pelo departamento de polícia de Dallas, Texas, a saber, que “as melhores defesas da mulher” são, entre outras coisas, “sua inteligência” e “um berro”.

Sim, esta jovem senhora no hotel de Brooklyn usou sua inteligência por usar seu conhecimento da Bíblia, desta forma desviando o tencionado estuprador de seu propósito. Em resultado, ele não tentou mais nada com estas duas senhoras, mas foi embora, depois de mandar que não deixassem o quarto antes de se passarem quinze minutos.

Frustrado pela segunda vez, este estuprador não desistiu. Chegando ao corredor, viu outra jovem vistosa e começou a conversar com ela, perguntando onde estavam os elevadores, como eram os quartos nesse andar, etc. Subitamente, aproximou-se dela e tentou empurrá-la para dentro de um dos quartos cuja porta estava aberta.

O que poderia fazer? Ele era bem uns 30 centímetros mais alto do que ela e pesava pelo menos o dobro. Ela fez o que a Bíblia indica que uma mulher jovem deve fazer: gritou, mais alto do que qualquer grito que dera antes. (Deu. 22:23-27) Isto era inteiramente inesperado pelo estuprador. Surpreso, correu para baixo pelas escadas no fim do corredor.

Quando as três jovens senhoras contaram sua história na delegacia, seus ouvintes, que aumentaram de três a oito homens e duas policiais, maravilharam-se com o que ouviam. Não conseguiam entender como duas destas jovens senhoras conversaram sobre a Bíblia com um pretenso estuprador. Uma das mulheres oficiais de polícia pediu mais informações sobre as crenças das testemunhas de Jeová e disse que, se mais mulheres tomassem essa posição determinada e firme, haveria menos de tais crimes.

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