Às 20,10, o Procurador-Geral da Província, Rémi Paul, pediu ao governo federal para mandar o exército a fim de restaurar a ordem. Tropas do 22.° Regimento Real foram trazidas a Montreal de Valcartier, perto da cidade de Quebeque.
Em adição, o legislativo provincial mexeu-se depressa para aprovar uma lei especial. Tornou-se efetiva às 22 horas, ordenando que a polícia reassumisse seus postos à meia-noite, dezesseis horas depois que a greve começou. A lei estipulava penalidades equivalentes a NCr$ 112,50 até NCr$ 450,00 por dia por deixar de cumpri-la, e multas de NCr$ 22.500,00 a NCr$ 225.000,00 por dia para qualquer sindicato ou representante de sindicato que incentivasse a violação do novo estatuto.
Ao ser informado da lei, o Sargento Guy Marcil, presidente da Confraternidade da Polícia, falou aos policiais que ainda mantinham vigília na arena. Disse-lhes: “É meu dever, como presidente desta Confraternidade, pedir-lhes que retornem ao trabalho . . . Ordeno-lhes que voltem aos seus postos.” Ao fazerem isso, uma calma superficial foi restaurada, mas os soldados armados permaneceram de guarda.
Uma demonstração política programada para 10 de outubro na prefeitura foi cancelada ordeiramente. Para assegurar a manutenção da ordem, mais de 5.000 homens armados da Polícia de Montreal, da Polícia Provincial de Quebeque, da Real Polícia Montada Canadense e das forças armadas canadenses cercaram a prefeitura. Foi a maior exibição de poderio armado numa cidade canadense desde a Segunda Guerra Mundial. A demonstração foi paralisada e a multidão dispersa sem outros levantes.
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