quinta-feira, 22 de abril de 2010

PREDESTINADOS À VIOLÊNCIA?




  Alguns argumentam que a propensão à violência ou a matar sempre foi algo inato nos seres humanos. Para os defensores da evolução nós nos originamos de animais selvagens e simplesmente herdamos suas características violentas. Essas teorias nos condenariam a um ciclo infindável de violência sem esperança de escape.

  No entanto, existe muita evidência em contrário. As teorias mencionadas acima não explicam por que em diferentes culturas existem amplas variações na freqüência e nos tipos de violência. Não indicam por que em certas culturas reagir com violência parece ser a regra, ao passo que outras sociedades relatam bem pouca violência, com índice de assassinatos quase zero. O psicanalista Erich Fromm expôs falhas na teoria de que herdamos a agressividade de primatas destacando que, embora alguns deles sejam violentos em resultado de necessidades físicas ou de autodefesa, sabe-se que os humanos são os únicos que matam pelo simples prazer de matar.

  Em seu livro The Will to Kill—Making Sense of Senseless Murder (A Vontade de Matar — Como Entender o Homicídio Insano), os professores James Alan Fox e Jack Levin dizem: “Alguns indivíduos são mais propensos à violência do que outros, mas o livre-arbítrio ainda está presente. A vontade de matar, embora governada por numerosas forças internas e externas, ainda inclui fazer uma escolha e decisão humanas e, com isso, vem responsabilidade e culpabilidade.”

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