Foi em 1961, quando tinha 24 anos, que cursei a Academia de Polícia de Nova Iorque. Incluía-se a preparação física — a ginástica, o judô e o manejo de armas. Nas salas de aula examinamos os elementos de cada crime, e o que está envolvido em efetuar uma prisão. Há algo mais envolvido do que apenas dizer: “Está preso!” Aprendi o que acontece depois de uma pessoa ser trazida à cadeia pública, como se tiram suas impressões digitais, como é fotografada e, de outros modos, preparada para julgamento. Também aprendi o tipo de evidência necessária para fazer com que uma prisão seja mantida pelo tribunal.
Depois de cerca de cinco meses, minha turma se formou, e fui designado ao 66.° Distrito, em Parque Borough, Brooklyn. Ali fazia minha ronda a pé e, vez por outra, ia num carro patrulha. Era satisfatório ajudar as pessoas a resolver os problemas e dar assistência médica e de outros tipos.
No entanto, odiava registrar multas de trânsito, visto que faziam as pessoas sentir-se tão mal. Assim, chegava o fim do mês e não tinha feito o número esperado de multas. Tinha então de multar pelas chamadas “infrações dúbias” — tais como deixar de parar completa e plenamente, ou por atravessar o cruzamento com o sinal em mudança. Isso me fazia sentir muito mal.
Nunca esquecerei a primeira prisão que efetuei. Fiz parar um motorista que dirigia sem carteira, e ele me ofereceu Cr$ 1.000,00 para deixá-lo ir. Prendi-o e o conduzi para a delegacia.
Desde então já fiz centenas de prisões, mas o que especialmente torna memorável aquela primeira é que assinalou a primeira vez em que compareci a um tribunal, onde vi a situação caótica ali existente. A realidade não foi bem o que o curso na academia me levara a esperar. Mas, logo soube de outras realidades chocantes, totalmente contrárias ao excelente curso policial que fizéramos.
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