segunda-feira, 26 de abril de 2010

Entende o significado do que vê?



“DINHEIRO, por meios corretos, se puder; se não, por quaisquer meios, dinheiro.” Assim escreveu o famoso poeta romano Horácio. Suas palavras descrevem muito bem, melhor agora do que naquela época, a atitude de grande número de pessoas em todo o mundo.
Não concorda que há pouca coisa que certas pessoas não estariam dispostas a fazer em troca de dinheiro? Que alguns eventos recentes sirvam de ilustração. “O amor ao dinheiro” pode fazer com que pessoas se empenhem em conduta tal como as seguintes:
MENTIR E DEFRAUDAR.
“Diversos professores de escolas do Reno Setentrional-Vestfália [Alemanha] serão bem provavelmente intimados em breve para responder a acusações de fraude . . . Por anos receberam consideráveis somas de dinheiro por trabalho extra não realizado . . . também por trabalho feito em datas inexistentes, como 30 de fevereiro ou 31 de junho . . . por trabalho executado durante licença por motivo de saúde.” — Frankenpost, 11 de junho de 1979.
ACEITAR SUBORNOS.
“O presidente do time de futebol do Milam [Itália], os campeões nacionais e 13 jogadores de diversos clubes foram presos sob acusação de terem aceitado suborno para ‘amolecer o jogo’ . . . A queixa feita foi que os jogadores aceitaram pagamentos de até $ 12.000 [Cr$ 1,5 milhão] cada um para perderem os jogos.” — Time, 7 de abril de 1980.
EXPLORAR OS OUTROS.
“Americanos de origem cubana que tinham parentes na ilha convergiram em Key West, procedentes de Ohio, da Califórnia e de Nova Iorque, e se decepcionaram ao descobrir que seus milhares de dólares em dinheiro ainda não eram suficientes para arcar com os preços exorbitantes. Os capitães de navios exigiam $ 1.000 [Cr$ 120 mil] ou mais para transportar cada refugiado; as taxas de barcos camaroeiros fretados subiram até $ 50.000 [Cr$ 6 milhões].” — Time, 12 de maio de 1980.
DESTRUIÇÃO DE PROPRIEDADE.
Nos Estados Unidos, “os incêndios criminosos excedem atualmente a 100.000 por ano, um aumento de 400,% desde 1967 . . . Uma estimativa indica que 40% dos incêndios criminosos em todo o país são feitos por razões econômicas”. — Time, 31 de outubro de 1977.
ROUBO.
“Os pais, os amigos, os vizinhos e os conhecidos consideravam todos os cinco como sendo ‘rapazes bem-educados, inteligentes e gentis’. . . . Entretanto, já por diversos dias, não só a inteira força policial alemã, mas também a Interpol está a procura de quatro deles. A razão: São suspeitos de terem cometido cinco roubos à mão armada em supermercados . . . e de terem fugido com cheques e dinheiro no valor de 2,4 milhões de marcos alemães [Cr$ 120 milhões] . . . O motivo . . . segundo as investigações da polícia, era pura e simplesmente a cobiça.” — Wiesbadener Kurier, 19/20 de julho de 1980.
SEQÜESTRO.
“Em data tão recente quanto a década de 1950, Ernst Seelig, criminologista e penologista, escreveu no seu Lehrbuch der Kriminologie [Manual de Criminologia]: ‘Seqüestro — rapto de humanos com o fim de extorquir dinheiro de resgate, um método bastante comum e quase cômico, praticado pelos gangsteres nos Estados Unidos, algo dificilmente concebível aqui na Europa.’ Mas, em 1958, este crime com nome estrangeiro ‘kidnapping’ [rapto] teve início na Alemanha . . . Nos cinco anos desde o seqüestro do milionário de supermercados, Theo Albrecht [1971], houve 15 casos de seqüestros na República Federal, 6 só em 1976. Os criminosos exigiram um total de 40.412,000 marcos alemães [Cr$ 2.020.600.000,00] em resgate.” — Stern, 6 de janeiro de 1977.
HOMICÍDIO.
“Após três dias de deliberações, um júri em Krems, Baixa Áustria, declarou [um homem de 31 anos] culpado de ter estrangulado a esposa e a sogra, matando-as . . . O promotor público afirmou que o réu agiu a sangue frio e por cobiça financeira, esperando herdar as posses das vítimas depois do duplo homicídio.” — Frankfurter Allgemeine Zeitung, de 27 de junho de 1980.
São casos excepcionais? Poderá ler casos similares no seu próprio jornal.

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