sábado, 29 de maio de 2010

Negócios Escusos

Embora a maioria das transações com armas sejam feitas entre governos, tal negócio é escuso. Um informe de circulação restrita diz: “Uma ampla rede comercial opera clandestinamente, bem como através de canais aprovados. Os governos buscam os seus próprios interesses, muitas vezes de modo secreto.”

Embora vários Estados produtores de armas disponham de leis estritas que regulam as exportações militares para países em guerra, as armas deles continuam a chegar aos campos de batalha. Um informe do Instituto Internacional de Pesquisas Pela Paz, de Estocolmo, Suécia, explica a razão: “Não existem diques à prova d’água entre o negócio de armas legal, ‘claro’, e as transações ‘cinzentas’ e ‘negras’ de armas. Nenhum Estado que vende armas parece poder controlar plenamente como, contra quem, ou por quem, tais armas serão utilizadas.” Uma notícia publicada na revista Newsweek sobre o comércio de armas prevê: “As restrições à venda de armas provavelmente fracassarão, à medida que mais países entrarem na competição pela venda de armas.”

À sombra deste comércio internacional de armas entre governos, um exército de representantes comerciais particulares opera em todo o mundo. Eles mantêm contatos nos altos círculos políticos e militares. Entre eles acham-se representantes de grandes indústrias armamentistas, agentes (intermediários) que jamais tocam nas armas, contrabandistas que trocam armas por tóxicos, e vigaristas que operam em pequena escala.

Em sua ânsia de dinheiro, parece que não há nada que detenha algumas empresas de armas. A seguinte lista mostra algumas das intrigas de que elas têm sido acusadas, de acordo com Anthony Sampson, um pesquisador sobre o comércio de armas:

1. Fomentar rumores de guerras e persuadir os próprios países a adotar políticas belicosas e aumentar seu estoque de armas.

2. Subornar em grande escala as autoridades governamentais.

3. Espalhar informes falsos sobre programas militares, em vários países, para estimular os gastos com armas.

4. Influenciar a opinião pública através do controle da mídia.

5. Lançar um país contra o outro.

6. Organizar cartéis internacionais, a fim de elevar os preços das armas.

Todavia, o comércio de armas está florescendo mais do que nunca. E ninguém parece poder fechar este poderoso empório de armas. As duas maiores organizações internacionais de paz já formadas na História, a Liga das Nações e sua sucessora, as Nações Unidas, não conseguiram convencer sequer uma das nações-membros a ‘transformar suas espadas em relhas de arado’. O comércio de armas tornou-se tão interligado, política e economicamente, com os assuntos mundiais que muitas pessoas acham que está além de qualquer poder humano pôr um fim nisto. Então, existe qualquer poder que seja suficientemente forte para fazê-lo?

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