sábado, 22 de maio de 2010

De pedreiro a traficante

José, um amigável chefe de família, passou cinco anos traficando maconha do Marrocos para a Espanha. Como é que se envolveu nisso? “Quando eu trabalhava de pedreiro, um colega começou a traficar drogas”, explica. “Visto que eu precisava de dinheiro, me perguntava: ‘Por que não fazer o mesmo?’

“Era fácil comprar maconha no Marrocos — a quantidade que eu pudesse comprar. Com minha lancha veloz eu escapava facilmente da polícia. Uma vez na Espanha, eu vendia a droga em grandes quantidades, uns 600 quilos por vez. Eu tinha apenas três ou quatro compradores, que adquiriam qualquer quantidade que eu conseguisse arranjar. Mesmo com vigilância policial, a droga entrava no país. Nós, traficantes, tínhamos equipamento muito melhor do que a polícia.

“Eu ganhava facilmente muito dinheiro. Uma viagem da Espanha ao norte da África podia me render de 25 mil a 30 mil dólares. Em pouco tempo, eu tinha 30 homens a meu serviço. Nunca fui pego, pois eu pagava um informante para me avisar quando meus movimentos estavam sendo vigiados.

“Às vezes, eu pensava no mal que essas drogas podiam estar causando aos outros, mas eu havia me convencido de que a maconha era uma droga leve, que não matava ninguém. E, visto que estava ganhando muito dinheiro, pouco ligava para isso. Mas eu mesmo nunca usei drogas.”

Nenhum comentário: