segunda-feira, 7 de junho de 2010

Lugar emocionalmente seguro

Certa jovem mulher que chamaremos de Sandi diz: “Tudo na minha família era propício ao abuso. Ela se isolava, e cada membro se isolava um do outro.” O isolamento, a rigidez e a obsessão em manter as coisas em segredo — tais atitudes não sadias e não bíblicas são marcas registradas da família em que ocorrem abusos. (Compare com 2 Samuel 12:12; Provérbios 18:1; Filipenses 4:5.) Crie um ambiente doméstico emocionalmente seguro para os filhos. O lar deve ser um lugar onde eles se sintam edificados, à vontade para abrir seus corações e falar francamente.

Além disso, as crianças precisam muito de expressões físicas de amor — abraços, afagos, segurar na mão, brincadeiras animadas. Não exagere nos perigos de abuso sexual por refrear-se dessas demonstrações de amor. Ensine aos filhos por meio de franco e caloroso afeto e elogio que eles são valiosos. Sandi recorda: “Minha mãe achava ser errado elogiar alguém por qualquer coisa que fosse. Fazer isso deixaria a pessoa cheia de si.” Sandi sofreu pelo menos dez anos de abuso sexual em silêncio. Crianças sem certeza de que são amadas, de que são indivíduos dignos, talvez sejam mais suscetíveis aos elogios de um abusador, ao seu “afeto”, ou às ameaças de privá-las disso.

Um pedófilo que abusou sexualmente de centenas de meninos num período de 40 anos admitiu que os meninos que tinham necessidade emocional de um amigo como ele eram as “melhores” vítimas. Não crie tal necessidade em seus filhos.

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