segunda-feira, 7 de junho de 2010

Corte o ciclo do abuso

Sob provação severa, Jó disse: “Minha alma certamente se enfada da minha vida. Vou externar a minha preocupação comigo mesmo. Vou falar na amargura da minha alma!” (Jó 10:1) Similarmente, muitos pais descobriram que podem ajudar seus filhos ajudando a si mesmos. A publicação The Harvard Mental Health Letter disse recentemente: “Fortes sanções sociais contra os homens expressarem dor aparentemente perpetua o ciclo do abuso.” Parece que os homens que jamais expressam a sua dor de terem sofrido abusos sexuais são os que com maior probabilidade se tornam abusadores. O The Safe Child Book informa que a maioria dos molestadores de crianças foram eles mesmos molestados sexualmente quando crianças, mas sem jamais terem recebido ajuda para se recuperar. Eles expressam a sua dor e a sua ira abusando de outras crianças. — Veja também Jó 7:11; 32:20.

O risco para as crianças pode ser também maior quando as mães não conseguem conviver com o fato de terem sofrido abusos no passado. Por exemplo, pesquisadores informam que mulheres que sofreram abusos sexuais quando meninas não raro se casam com homens que abusam de crianças. Ademais, se uma mulher não consegue conviver com abusos do passado, compreensivelmente poderá achar difícil falar sobre abuso com seus filhos. Se o abuso ocorrer, talvez tenha menos condições de discerni-lo e tomar ação positiva. Os filhos então pagam um preço terrível pela inércia da mãe.

Assim, o abuso pode passar duma geração para a seguinte. Naturalmente, muitos indivíduos que preferem não falar sobre seu doloroso passado parecem aptos para se darem bem na vida, e isso é elogiável. Mas em muitos a dor é mais profunda, e deveras precisam fazer um esforço orquestrado — incluindo, se necessário, buscar ajuda profissional competente — para sarar tais sérias feridas da infância. Seu alvo não é entregar-se à autocomiseração. Eles desejam quebrar esse doentio e danoso ciclo de abuso de crianças que afeta sua família. — Veja Despertai! de 8 de outubro de 1991, páginas 3 a 11.

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