quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Armas pequenas, problemas enormes

DURANTE décadas, as conferências para o controle de armas se concentraram nas armas nucleares. Isso não é de estranhar visto que uma única bomba nuclear pode destruir uma cidade inteira. Mas, ao contrário das armas menores, já se passaram mais de 50 anos desde a última vez que essas armas incrivelmente poderosas foram usadas na guerra.

O respeitado historiador militar John Keegan escreve: “Desde 9 de agosto de 1945, as armas nucleares não matam ninguém. Os 50.000.000 que morreram em guerras desde aquela data foram, na maior parte, mortos por armas baratas, produzidas em massa, e munição de pequeno calibre, cujo custo é pouco maior que o dos rádios transistorizados e pilhas secas que inundaram o mundo no mesmo período. Visto que o uso de armas baratas afetou muito pouco a vida das nações desenvolvidas, exceto em determinadas áreas onde prosperam o tráfico de drogas e o terrorismo, a população dos países ricos tem demorado para se dar conta do horror que acompanha essa prática mortífera.”

Ninguém sabe exatamente quantas armas pequenas ou leves estão em circulação, mas os especialistas calculam que as armas de fogo de uso militar talvez cheguem a uns 500 milhões. Além disso, dezenas de milhões de fuzis e pistolas de uso civil estão nas mãos dos cidadãos. Para completar, novas armas são fabricadas e despejadas no mercado a cada ano.

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